Gênero sem sexo nem direitos: a Lei de identidade de gênero na Bolívia
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Em maio de 2016, a Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia adotou a chamada Lei de Identidade de Gênero. Desde então, as pessoas podem retificar seus dados sexuais e seu nome no registro civil por meio de um procedimento administrativo simples e rápido com base numa solicitação declarativa. Pouco mais de um ano depois, em novembro de 2017, uma decisão do Tribunal Constitucional anulou o artigo 11 que concedia à transidentidade os direitos do sexo retificado. Ao apresentar as condições para a adoção da lei e sua revogação parcial, este artigo pretende mostrar que essa reviravolta tem a ver com uma interpretação particular das categorias “sexo” e “gênero” que vão além do marco da legislação boliviana.
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Esta es una publicación bajo la licencia Creative Commons Attribution-Non Commercial-No Derivatives 4.0 International (CC BY-NC- ND 4.0). Para mayor información sobre el uso no comercial de los contenidos que aquí aparecen, favor de consultar http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Referências
Absi, Pascale. (2017). Depuis les podiums des reines de beauté: se produire comme femme trans en Bolivie. Journal de la société des américanistes, 103-1, 119-147.
Álvarez, Laura, Aruquipa, David y Absi, Pascale. (2016). Trans y maricas en la “Primera cumbre planetaria de descolonización y despatriarcalización”. Bulletin de l’Institut français d’études andines, 45 (3), 419-432.
Aruquipa, David. (2012). La China Morena: Memoria histórica travesti. La Paz: Comunidad diversidad/Musef/Conexión Fondo de Emancipación.
Aruquipa, David, Estenssoro, Paula y Vargas, Pablo C. (2012). Memorias colectivas. Miradas a la historia del movimiento TLGB de Bolivia. La Paz: Conexión Fondo de Emancipación, Serie Estudios e Investigaciones 5.
Butler, Judith. (2005). Trouble dans le genre. Le féminisme et la subversion de l’identité. París: La découverte.
Cieza de Leon, Pedro. [1553] (1984). La crónica del Perú. Madrid: Historia 16.
Delphy, Christine. (2001). L’ennemi principal 2. Penser le genre. París: Syllepse.
Dorlin, Elsa. (2008). Sexe, genre et sexualités. París: Presses Universitaires de France.
Fausto-Sterling, Anna. (2000). Sexing the body: gender politics and the construction of sexuality. Nueva York: Basic Books.
Guillaumin, Colette. (1992). Sexe, race et pratique du pouvoir. L’idée de nature. París: Côté-femmes.
Mathieu, Nicole Claude. (1991). Les transgressions du sexe et du genre. En Marie-Claude Hurtig, Michèle Kail y Hélène Rouch (comps), Sexe et genre. De la hiérarchie entre les sexes. París: CNRS.
Touraille, Priscille. (2011). Déplacer les frontières conceptuelles du genre, Journal des anthropologues, 124-125, 49-69.
Vargas, Pablo. (2017). El largo camino hacia la ley de Identidad de género. Página 7, La Paz, junio.